Algumas palavras para essa amiga, desde sempre considerada “menor", chamada crônica. É, minha amiga, tu és pequena, “franzina” como te definiu o bruxo do Cosme Velho. Se antes você servia para os reis, imperadores, políticos e alguns homens de dinheiro guardarem suas memórias, hoje é badalada em todos os lugares que vai, os jornais não te deixam mais ir embora, te adoram, te querem o tempo todo ao seu lado, mesmo que te digam que tu é coisa de gênero menor, são os maiores que te abusaram no uso, seja para memórias das histórias sem graça de alguns, seja para crítica de outros, seja para literatura de uns, seja para tese de cientistas, você é a mais requisitada por todos.
Se me for possível aconselhar uma amiga, quero passar 3 conselhos a você, isto se não for ficar, claro, ofendida, minha amiga. Em primeiro lugar, relembrando o que o bruxo te falou, não se meta em encrencas, tá, deixa isso para o artigo, romance, conto ou outra coisa qualquer, não fica de disse-me-disse, assim vai só ajudar nessa idéia boba de que você é menor; em segundo lugar, você anda falando aí muita besteira e palavrões, pequenina, por favor, não deixe que te metam tais palavras, isso não te glorifica, deixa essas coisas para a geração zero, se é que existe tal coisa; e em terceiro lugar, minha amiga, estou sentindo falta de você vir me visitar aqui no subúrbio. Apareça, tomamos um café, porque estou de dieta alcoólica, e você, como amiga gentil, irá me compreender. Mas venha, aguardo você amanhã para discutirmos umas coisas, menos novela, tudo bem?
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