sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Da Arte de Beber Literatura

II

A Literatura no nosso tempo tem sido encarada como ferramenta que não segue mais grupos, livre de técnica, “normas”. Mas ao passo que esses grupos foram sendo sucumbidos surgiram outros, só a técnica que parece  ter morrido. Portanto, permanece a hegemonia que se volta, não mais para quem escreve ou publica, mas para quem tem “vaga”. Por acaso há vagas nos botequins reservadas para os eleitos? O botequim é de todos, mas é preciso saber beber. A bebida tem sua forma, sua propriedade, onde reside seu conceito de bebida, de lá extraímos a aparente transcendência; nem mesmo a literatura transcende, ela é cria e pai do mundo, e é aí que mora a falsa transcendência porque dela é impossível surgir o novo, para tal acontecimento é preciso que o novo surja de algo nunca visto antes. Ela é atravessada pela história, daí tudo o que ela faz é no nível do mundo.

2 comentários:

Quer mais?