Na coluna de José Castello, no Prosa&Verso de 24 de setembro ( sábado) , há a divulgação do livro “Faces” (Record) novo livro de Livia Garcia-Rosas. Em primeiro lugar peço desculpa pela ignorância que me toma, pois não conheço a referida escritora. O livro é fruto do modismo que cruza internet (redes sociais) e minicontos; temos uma parcela de escritores desconhecidos que julgam ter descoberto um “novo” modo de fazer literatura em 140 caracteres ou toques no twitter, já a querida escritora avança um pouco mais, são 280 toques a mais ou 420, número de caracteres permitido no Facebook (outra rede social, não precisava dizer, sei, mas como há gente por aí ignorante como eu, não é má ideia frisar que o Facebook é outra rede social). E dessa escrita de 420 caracteres postada no Facebook entre 2009 e 2010 que surge este livro. “Faces” é uma sacada em tanto de Livia Garcia-Rosas, o nome do livro sugere as diversas faces e assinaturas ( se entende que Livia reuniu textos faceboquianos de diversos escritores faceboquianos); e eu ainda digo mais, o nome do livro também é uma sacada genial da abreviação em inglês “face” que comumente, de forma carinhosa, chamamos o facebook; face = face, entendeu cabeça? Eu na minha limitação não conseguiria pensar nisso.
Livia diz o que caracteriza os textos é que eles são escritos no calor da hora, sem lentidão, reflexão, meditação silenciosa em cada frase, que segundo ela, são coisas de escritor tradicional. Em seguida ela afirma que a parte mais preciosa de “Faces” é que se destina a uma reflexão seca. Aí confesso, mais uma vez, minha total ignorância, não sei o que seria “reflexão seca”, seria reflexão sem reflexão? Ou refletir o texto da mesma forma que sua criação, imediato, seco? Mas não sei que ideia essa de um texto que foi criado sem reflexão dar importância à reflexão, para quê isso? Não seria trair a si mesmo o texto pretender algo, ainda mais uma reflexão, logo ele que foi feito assim só por fazer, só por escrever e ponto?
Bem, ainda não encontrei no site do Prosa&Verso o link da matéria, somente no papel, mas leiam o livro. Pensando aqui, se bem que para ser mais fiel à própria ideia ele (o livro) deveria ser apresentado, lançado, divulgado, lido, já que foi escrito, diretamente no Facebook por meio de um iPad 2.
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